quinta-feira, 8 de abril de 2010

EDUCAÇÃO E O SEU COMPORTAMENTO

A charge acima representa a realidade dos alunos, principalmente do quinto a nono ano.
Em uma sociedade com rápidas transformações, onde o contexto tecnológico, a filosofia de consumo e a globalização da economia e da cultura fazem com que os indivíduos sejam seduzidos a viver de acordo com os valores das grandes elites econômicas, independente do aspecto social que se encontra, a cidadania depende cada vez mais da uma educação moral e ética. Do contrário, seremos apenas consumidores ou não, dependendo da nossa condição socioeconômica. A educação atual, nomeada por Paulo Freire como bancária não representa a educação moderna capaz de atrair o novo educando e formar cidadãos.
A pedagogia do dominante é fundamental em uma concepção bacária de educação, predomina o discurso e a prática, na qual o sujeito da educaçnao é o educador, sendo os educandos, vasilhas a serem preenchidas. O educador deposita “saberes” que os educandos recebem, memorizam e repetem. Desta maneira, o educando em sua passividade torna-se um objeto para receber, paternalisticamente, a doação do saber do educador. Neste mundo harmonioso onde não há contradições conserva-se a ingenuidade do oprimido (acomodado no mundo da opressão). Eis aí a educação exercida como prática da dominação.


Para o desenvolvimento da cidadania através da educação necessita-se de um elevado nível de socialização do saber científico. A educação é um meio de construção e reconstrução de valores e normas que dignificam as pessoas e as tornam mais humanas. Ela deve acontecer enquanto troca, até porque hoje em dia a informação está em todo lugar, o professor não é mais o detentor do saber. Ser cidadão, ou seja, exercer a cidadania, é perceber que fazemos parte do mundo. É ter como princípio a valorização do humano, do ser, e não apenas do ter material. É compreender que nossas escolhas e posturas diante da vida afetam não apenas a nós mesmos, mas também a vida de outras pessoas e da comunidade. Assim como as atitudes das outras pessoas também nos afetam. É importante saber agir para transformar, ao invés de aprender a reclamar.


"Numa educação ética, é preciso resgatar e incorporar os valores de solidariedade, de fraternidade, de respeito às diferenças de crenças, culturas e conhecimentos, de respeito ao meio ambiente e aos direitos humanos." (Sieg el. 2005.p 41).

Possuir um objetivo nacional permanente para educação é o primeiro passo para a formação de cidadãos. Sem um objetivo permanente, apenas com objetivos de governo, vivenciamos uma política de faz e desfaz, um “zig zag” que acaba por nunca alcançar nenhum resultado. Cada governo que entra decide que tudo do governo anterior não prestava e joga tudo fora. Começa-se mais uma vez um novo plano para a educação. Este novo plano dura 4, 5 anos, não se concretiza e no outro governo começa-se outro plano. Desta forma a educação não caminha para frente, fica estagnada num começo, com infinitas ideias inovadoras que nunca entram em ação. Ou entram e não se concretizam.

O projeto de certificação profissional pode vir a ser um triste exemplo da falta que uma política nacional permanente pode fazer. Hoje a LDB determina a certificação para casos de pessoas aprenderam uma ocupação profissional, mas que muitas vezes não tem o reconhecimento dessa aprendizagem para acesso ao trabalho. O Instituto Federal de Brasília (IFB) já está concedendo esta certificação. Este proposta pode aumentar a qualificação do trabalhador, diminuir o desemprego e ainda incentivar a volta aos estudos, porém o que nos garante que em um próximo governo este projeto não vai desaparecer e, ainda pior, os certificdos vão perder a validade?

Através de um objetivo permanente, visando à educação 10, 15, 20 anos pra frente, seria possível manter determinados projetos, mesmo que traçando metas governamentais mais curtas que, ao se somarem, chegariam ao objetivo final.
A educação no Brasil não vai crescer e se desenvolver a ponto de formar cidadãos pensantes e atuantes enquanto a política governamental momentânea for maior e mais importante que o crescimento do país.

Grupo: Cláudia Lúcia Moraes / Patricia Maria dos Santos / Paula Jardim / Paula Christina da Silva / Roberta Salgado

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