segunda-feira, 12 de abril de 2010

Educação e Cidadania no Rio de Janeiro

PROJETO INTERDISCIPLINAR

Tema Gerador: “Educação e Cidadania no Rio de Janeiro”

Eixo Orientador: O Livro de Paulo Freire – Pedagogia do Oprimido empregando como recurso pedagógico à alfabetização no desenvolvimento da cidadania.

Delimitação do Problema: O desenvolvimento pleno da questão cidadania.

Hipótese: De que forma a Educação/Alfabetização favorece o processo de desenvolvimento do cidadão no Rio de Janeiro?

Interdisciplinaridade: Este projeto favorece a interação dos alunos do 2º período do Curso de Licenciatura em Pedagogia do IAVM, cujas disciplinas do mesmo definem os objetivos específicos.

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho é baseado em uma das obras mais lidas de Paulo Freire Pedagogia do Oprimido. A mesma tem por principal objetivo: desenvolver a educação/alfabetização como prática da liberdade entrelaçando diferentes áreas do conhecimento; promovendo através desta, reflexões e trocas de experiências; contribuindo ainda para um mundo mais justo socialmente e solidário.

Sua obra tem como meta enfatizar para os educadores sobre suas responsabilidades em relação ao desenvolvimento do pensamento crítico e reflexivo nos educandos, e sobre sua forma de atuar. Para Paulo Freire o professor não é somente um transmissor de conhecimentos e muito menos o aluno é somente receptor desses mesmos conhecimentos. Para ele ambos devem interagir. Cabe ao professor o dever de estimular a produção do saber, através de suas próprias experiências (do cotidiano).

Assim, na alfabetização/educação há um processo de troca, pois aquele que ensina também aprende e vice-versa. Ninguém numa ação educativa é vazio ou não tem nada para aprender ou ensinar, assim o conhecimento passa a ser compartilhado e surge de maneira coletiva.

Seus pensamentos em relação à integração do ser humano definem sua busca por novas técnicas práticas educativas que transformem a mesma. Condena os interesses capitalistas que excluem os desfavorecidos da socialização, a fim de os manterem sem visão de mundo, mantendo-os manipulados para fins da sociedade.

O objetivo principal deste trabalho é compreender a Educação/Alfabetização como instrumento propulsor do desenvolvimento pleno e integral do cidadão, buscando a igualdade social. Logo, os objetivos comuns a este são: entender o que é cidadania em sentido amplo; reconhecer-se como pessoa social, agente transformador e produtor de atitudes que preservem o meio em que vivem, pois este é algo essencial e necessário à saúde para a sobrevivência humana; valorizar e refletir sobre a questão da diversidade humana e cultural em nossa sociedade, enfocando um ensino para uma educação inclusiva; identificar os problemas sociais que permeiam nossa sociedade, (em especial o Estado do Rio de Janeiro), questionando sobre sua realidade; e reconhecer nas leis a oportunidade de lutar por seus direitos como a igualdade, no que se refere à educação e saúde do cidadão.

2. DESENVOLVIMENTO

Considerando a posição ideológica de libertar o ser humano das cadeias do determinismo, ensinando a pensar certo, com reflexão crítica, onde o discurso teórico será aliado à aplicação prática, o tema sugerido remete-nos a realidade do Estado do Rio de Janeiro, a chamada Cidade Maravilhosa para trabalhar o tema gerador, de discutir as contradições em termos de desigualdade social. Conforme afirma FREIRE (1987, p. 64) “[...] educação problematizadora que defendemos, a investigação temática, que a ela mais que serve, porque dela é o momento, a este objetivo não pode fugir”.

A escola cidadã que prepara o aluno para tomar decisões tem que possuir projetos que reconheça sua cultura local, delineando sua identidade (sua particularidade) e uma gestão escolar democrática que promova a participação e inclusão de todos.

Ensinar exige comprometimentos docentes, sendo ele solidário com o educando, intervindo no mundo, em decisões e posições. Gerando com isso mudanças na sociedade, pois ensinar compreende educação como forma de transformação do mundo.

A Pedagogia deve ser fundamentada na ética, no respeito, na dignidade e na iniciativa própria do educando. Sabendo este usar sua auto-crítica para evitar a oprimissão, a globalização e a desumanização dos desfavorecidos. Libertar-se das tradições opressoras que até mesmo imperavam nas salas de aula.

Daí, a necessidade que se impõe de superar a situação opressora. Isto implica no reconhecimento crítico, na “razão” desta situação, para que, através de uma ação transformadora que incida sobre ela, se instaure uma outra, que possibilite aquela busca do ser mais. (FREIRE, 1987, p. 18)

A esperança e o otimismo que possibilitam as mudanças na formação do professor são práticas que visam amenizar os problemas educacionais da sociedade brasileira.

Desejando uma abertura na educação, sendo essa seja para todos e que todos tenham as mesmas oportunidades, a liberdade de expressão deve ser preservada para que essa criança seja pensante e reflita sobre tudo em todos os aspectos.

A educação, dever da família e do estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (LDBN, Art. 2º, 1996)

Nossos governantes nem sempre querem pessoas esclarecidas com experiências marcantes e que irão reivindicar o que tem direito. Porque essas crianças críticas vão crescer, tornam-se adultos e com pensamentos do que é melhor pra ela e para o mundo em que ela vive. Conforme FREIRE (1987, p. 34) “Quanto mais lhes imponha a passividade, tanto mais ingenuamente, em lugar de transformar, tendem a adaptar-se ao mundo, à realidade parcializada nos depósitos recebidos”.

Considerando então, a educação como meio de mudanças e transformações precisamos mudar o nosso ideário e mentalidade que resulta na mudança de comportamentos e atitudes, pois nesta se desenvolvem oportunidades para que todos sejam valorizados igualmente sem distinção.

O método de Paulo Freire parte do contexto social dos alunos, promovendo o diálogo, buscando mecanismos para elevar sua auto-estima para que possam adquirir confiança nas suas capacidades e habilidades, estimulando-os a prosseguir os estudos. Segundo FREIRE (1987, p. 44) “Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão”.

Experiências e convivências, promovem trocas de idéias para que todos aprendam. Que o respeito mútuo continue, mais que se possa falar e criticar abertamente, porque só assim poderemos avançar e obter melhorias no amanhã.

Só com a educação se desenvolve, se cresce e se tem um futuro melhor.

3. CONCLUSÃO

O objetivo é alcançado quando o professor conscientiza-se efetivamente em fazer a diferença num sistema sócio-econômico-político, muitas vezes opressores àqueles que não dispõe de meios financeiros para obter cultura e informação. E isto reforça a importância de sua tarefa político-pedagógica.

Educar, portanto, é um desafio, onde o professor é o maestro com a função de articular diferenças, conteúdos e práticas, facilitando o caminho para o conhecimento neste espaço que em meio às diferenças é também tão rico (o ambiente escolar).

O aluno é o centro de todo processo ensino-aprendizagem, sendo orientando a pensar e reivindicar seus direitos e também devem ser instigados à curiosidade, incentivando-os a querer aprender.

O professor precisa estar disposto a ouvir, a dialogar, a fazer de suas aulas momentos de liberdade para falar, debater e estar aberto para compreender o querer de seus alunos. Logo, todo trabalho deve ser demarcado pela intencionalidade e não pela intenção, pois esta se fundamenta do conhecimento científico atrelando teoria à prática.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br Acesso em: 02 abr. 2010.

BRASIL. Parâmetros Curriculares nacionais. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Fundamental, 1997.

FREIRE, P Pedagogia do Oprimido. 17º ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra S/A, 1987.

GRUPO DIDAQUÊ

Angélica Carlos Boaventura

Beatriz Silva Santos

Deusimar Leite Martins

Eliana Marçal dos Santos

Hercia das Mercês Bezerra da Silva

Washington Luiz Ribeiro da Silva

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