terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Educação e Sustentabilidade
Educação e Sustentabilidade
Associação entre o Tema Norteador, o Livro “Pedagogia do Oprimido”, de Paulo Freire e a Legislação Educacional
Quanto a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira) e os três extensos artigos para estabelecer diretrizes e bases curriculares de caráter nacional, para o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. Nos artigos 26, 26-A e 27, encontramos:
Art. 26. Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.
Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.(Incluído pela Lei nº 10.639, de 9.1.2003)
Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008).
Art. 27. Os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda, as seguintes diretrizes:
I - a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;
II - consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento;
III - orientação para o trabalho;
IV - promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-formais.
Quanto ao Sistema de Ensino do Estado do Rio de Janeiro , por sua vez, cumprindo o seu papel de regulamentador do ensino fundamental e do ensino médio no âmbito estadual, estabeleceu suas próprias diretrizes curriculares estaduais, através Resolução SEEduc 4.359/2009.
Após as leituras dos artigos e legislações pertinentes, e a relação dos Artigos 26 e 26-A da LDB, Resolução SEEduc número 4.359/2009 e o capítulo 3 do livro “Pedagogia do Oprimido”, de Paulo Freire, compreendemos que a Educação pode (e deveria ser) utilizada como um instrumento de transformação. Desta forma, é importante refletir sobre o atual papel do professor na sociedade, haja vista tantas transformações do contexto vivido. Apoiar-se em teóricos renomados como Paulo Freire, por exemplo, é importante pois o autor mencionado entende que o profissional da educação tem um papel eminentemente político a desempenhar, educando para a transformação da sociedade atual, tendo em vista uma educação igualitária e com qualidade para todos.
Educadores e educadoras precisam engajar-se social e politicamente, percebendo as possibilidades da ação social e cultural na luta pela transformação das estruturas opressivas da sociedade classista. Para isso, antes de tudo necessitam conhecer a sociedade em que atuam, e o nível social, econômico e cultural de seus alunos e alunas.
Entender a forma que o curso de pedagogia foi regulamentado no Brasil se faz necessário a compreensão de como essa mentalidade, mesmo que de forma implícita, ainda permeia o agir de educadores e educadoras no momento atual, pois, como nos aponta Sany Rosa (2000), a formação do profissional da educação não se inicia, ao contrário do que se imagina, quando esse ingressa em um curso de formação de professores, mas sim desde o primeiro dia em que esse ingressa na escola como aluno. Suas representações e significados de educação, vivificados enquanto estudantes, são muito mais influenciadas pela sua vivência escolar do que com as teorias que venha a entrar em contado em sua formação acadêmica.
A Resolução vem de encontro a LDB na medida em que tenta conciliar estes alguns aspectos descritos por Freire, permitindo que a escola além dos conteúdos obrigatórios possa também acrescentar questões que contemplem suas especificidades, no que tange ao planejamento, elaboração e execução das atividades, contribuindo assim para a construção da consciência crítica dos alunos , contemplando assim a dimensão política do ato de educar.
“Educar é um ato político” (Paulo Freire)
Sendo assim, precisa-se refletir sobre a urgência de criar-se nas escolas um ambiente que dê conta dessas transformações sociais, pois é nessa sociedade que alunos e alunas vão interagir, e, quem sabe, como idealizava Paulo Freire, provocar transformações que levem a um bem viver coletivo.
Como pode o educador assumir um papel dirigente na sociedade se na sua formação o todo social resume-se a uns poucos conhecimentos de métodos e técnicas pedagógicas ou a uma história da educação que se perdeu no passado e nunca chega aos nossos dias? Como pode uma nação esperar que as novas gerações sejam educadas para o progresso, o desenvolvimento econômico e social, para a construção do bem-estar para todos, sem uma sólida formação política?
Apesar do ato político estar tão presente na fala de Gadotti, assim como na de Paulo Freire, ambos não reduzem o ato pedagógico ao político, mas concordam que, apesar da política não dar conta de toda a complexidade pedagógica, ela não deve ser ignorada na esfera educacional.
Ao novo educador compete refazer a educação, reinventá-la, criar as condições objetivas para que uma educação realmente democrática seja possível, criar uma alternativa pedagógica que favoreça o aparecimento de um novo tipo de pessoas, solidárias, preocupadas em superar o individualismo criado pela exploração do trabalho. Esse novo projeto, essa nova alternativa, não poderá ser elaborado nos gabinetes dos tecnoburocratas da educação. Não virá em forma de lei nem reforma. Se ela for possível amanhã é somente porque, hoje, ela está sendo pensada pelos educadores que se reeducam juntos. Essa reeducação dos educadores já começou. Ela é possível e necessária.
CONCLUSÂO
Espera-se que os profissionais da educação acreditem nessa força e desejem realmente participar da construção de uma nova educação para um novo mundo. Uma educação voltada para a educação ambiental e a educação para um desenvolvimento sustentável é importante pois o conceito de sustentabilidade propõe um novo modo de pensar e agir em relação aos recursos naturais do planeta e ao futuro da espécie humana. Na verdade, traz embutida a proposta de um novo modelo de civilização centrado na reorganização dos processos de produção e na revisão das prioridades de consumo da sociedade, buscando assegurar a continuidade da vida. Uma nova utopia, desafiadora utopia...
A inclusão social e da humanização da educação, à luz das teses, reflexões e considerações de Paulo Freire no livro “Pedagogia do Oprimido”, nos remete a pensar que traçando um paralelo com a questão da sustentabilidade a escola deve assumir o compromisso de transformar e modificar ações simples e muito importantes de sustentabilidade, através do uso responsável de recursos, no consumo de energias, na manutenção dos equipamentos, na utilização dos materiais, com a qualidade de vida e do ambiente escolar. Devem-se levar os alunos, os profissionais, a comunidade, enfim todos os atores do cenário educativo a se perceberem no mundo de forma a lidar com as questões ambientais, despertando o desejo transformador do seu próprio modo de viver, de interagir com os recursos existentes. A escola é o lugar privilegiado para que essa percepção aconteça.
Referências Bibliográficas:
Rosa, Sanny S. da (2000): Construtivismo e mudança, São Paulo, Cortez Editora.
Grupo Opção: Leiliane de Oliveira , Isabella Carneiro da Rocha e Alexandra Rosa Garcia Fernandes
Disciplina: Legislação Educacional - 2º período - 2010
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
(O GLOBO-12/10/10)
A educação é demonstrada através dos atos cotidianos de uma pessoa. É muito im-
portante educarmos nossos alunos para a vida. Esse é o maior desafio do educador.
Essa foto representa claramente a falta de educação do cidadão.
A educação ambiental vem sendo “promovida” pelos jornais e outros órgãos de comunicação através de intenso noticiário sobre as queimadas, o derrame de substâncias tóxicas e outros objetos industriais ou não nos rios, lagoas , baías e assim por diante.
É na escola que se prepara o adulto e o cidadão com um trabalho sistemático e sedimentado ao longo de mais ou menos anos de escolaridade, adulto esse consciente de suas próprias condições existenciais e do grupo social a que pertence. Deveria ser desenvolvido em cada escola, um trabalho voltado para as práticas ambientais, de acordo com as necessidades locais, com ênfase no âmbito de ciências, mas abrangendo também, estudos sociais, língua portuguesa e matemática. Além do meio ambiente, o aluno estudaria o impacto humano sobre ele, pois há uma relação estreita entre o patrimônio natural e cultural nas pessoas e nas coisas. Faz-se necessário um planejamnto cuidadoso, a fim de que sejam criados programas especiais para os alunos a serem desenvolvidos em forma de atividades, áreas de estudo ou integrados às disciplinas. A educação é ainda o grande fator de evolução social e de aprimoramento pessoal e a escola, o lugar certo para que da promoção se passe à ação..
GRUPO SOL:
Julia Gama
Maria Fernanda Braga Fagundes
Renata Luna da Costa
Roberta Pellicano
Sandra Gomes Araujo
Valeria Lavall
FORMAÇÃO POLÍTICA X PRÁTICA PEDAGÓGICA
Para muitos professores, é um pouco escandaloso falar em política e em educação no mesmo texto. Sobretudo quando a intenção é de apontar o que uma escola pode realizar para a educação política de seus professores, de seus alunos e da comunidade que a cerca. Qualquer um de nós, antes de ser um profissional, é uma pessoa humana. Como tal está integrado em uma sociedade, vivendo determinadas relações, recebendo determinadas influências, concordando ou discordando, lutando ou assistindo, e sendo assim, um elemento na dinâmica que faz existir uma cultura. A ciência, a arte e a técnica desta participação no grupo social é que chamamos de POLÍTICA.
Para a aprendizagem política, é fundamental a resposta à questão: O que queremos alcançar? Trata-se de firmar um posicionamento político e um posicionamento pedagógico. O primeiro dirá respeito ao tipo de homem e ao tipo de sociedade que desejamos como resultado do trabalho. O segundo irá definindo a ação educativa, a organização geral e as grandes linhas de ação da escola a fim de que ela possa contribuir para a existência do homem e da sociedade desejados. É evidente, também, que o educando deve ser o sujeito do seu próprio desenvolvimento e toda a proposta de sociedade e de homem.
Só existe um modo de aprender algo que não seja meramente intelectual: a VIVÊNCIA. Assim, para aprender política só há um modo: vivenciar um processo político e, nele, ir aprendendo.
Já existe uma consciência ecológica, embora ocorrendo de maneira ainda precária, mas o que prevalece é a presunção errônea de que nossos recursos naturais são inesgotáveis, dando margem à política do usufruto desmedido e imediato, sem preocupações quanto ao empobrecimento ou exaustão. A consciência ecológica, existente em nosso país de forma difusa, deve ser fruto da prática social e das condições existenciais de cada grupo. Qualquer mobilização nesse sentido precisa ser feita com intenção planejada, a partir da escola, levando a população a um posicionamento em relação a fenômenos ou circunstâncias do ambiente. Por outro lado, a realidade ambiental, sendo dinâmica, mutável, e socialmente exercitável, requer para si um tipo especial de educação, que necessita de vários instrumentos para produzi-la.
Conforme nos orienta Paulo Freire, a descrição da realidade existente é o ponto de partida para os critérios que serão dados pelo que for sendo estabelecido como doutrina, ao responder à questão sobre o que queremos alcançar. Propor uma ação que aproxime o grupo do ideal traçado, tendo em vista a distância que a ação mantém com ele –e realizá-la- é tarefa que colhe os frutos (políticos) da transformação da realidade rumo a um ideal proposto. Claro que a busca contínua de fins e de caminhos,vai redundar numa transformação curricular. E só mudando o currículo (objetivos, metodologias, relacionamentos, conteúdos, formas de avaliação, ...) questionando, inclusive, as “matérias” em que trabalhamos, que será possível pensar em educação política.
GRUPO SOL;
Julia Gama
Maria Fernanda Braga Fagundes
Renata Luna da Costa
Roberta Pellicano
Sandra Gomes Araujo
Valeria Curdes Lavall
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Trabalho de Educação e Meio Ambiente - Lixo
Lixo
(Dimensão Ambiental)
Esse filme foi feito numa das entradas da Comunidade dos Macacos. Como podemos perceber, as pessoas jogam lixo pelo chão, de qualquer maneira, sem separá-los em sacos plásticos e muitas vezes sem os mesmos.
Seguindo mais adiante, a uns cem metros mais ou menos, encontramos um compactador de lixo, que serviria para triturar o lixo deixado dentro da caçamba, localizada no mesmo ambiente. Infelizmente não é isso o que acontece, pois mesmo com a caçamba exposta, a maior parte do lixo está fora dela, espalhada ao seu redor. Ninguém se dá ao trabalho de jogar seu próprio lixo dentro dela.
A população dessa área pelo visto não se importa com a qualidade de vida, com o respeito pelos outros e pelo ambiente em que vive. Não está ligando para o impacto ambiental que esse ato acarretará para todos: doenças, mortes, desabamentos, poluição dentre outros.
Talvez isso também ocorra pela ignorância das pessoas. Deveria haver nessa comunidade uma conscientização e sensibilização sobre o assunto tratado através de palestras e vídeos, promovidos pela Associação de Moradores e/ou através das escolas locais, para tentar mudar os hábitos negativos dessa comunidade.
Acreditamos que a conscientização e a educação das pessoas estão intrinsecamente ligadas por isso cada vez que visualizamos atitudes incorretas verificamos que existe ali uma ausência tanto de conscientização como de educação. Como vamos resolver esta situação problema? Primeiro se faz necessário conhecer o ambiente que ocorre tal movimento e em seguida realizar um plano de ação no qual a empresa que realiza a coleta urbana do Rio de Janeiro participe através de palestras, programas, entre outras em seguida, manter contato com a Associação de Moradores pois eles são e representam a comunidade. Esta parceria deve ter como objetivo principal informar aos moradores sobre a importância do recolhimento e armazenamento adequado do lixo para que a sua qualidade de vida seja mantida.
A metodologia e os profissionais que desenvolverão este trabalho deverão conhecer a comunidade e utilizar ferramentas que permitam a interação contínua e a comunicação sem ruídos caso contrário, os objetivos não serão alcançados conforme cita Paulo Freire:
GRUPO:
AVANY MARIA MANHÃES MOURA REIS - P00715 |
DANIELE CRUZ DA SILVA FIGUEIREDO LUZ |
JULIANA ANTUNES KÜHNER |
KATIANA SOUZA REIS |
LILIANE DE ANDRADE LEVY |
MARCIA DE FREITAS MIGUEL |
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Traçando um paralelo da leitura entre a relação dos Artigos 26 e 26-A da LDB, Resolução SEEduc número 4.359/2009 e o capítulo 3 do livro “Pedagogia do Oprimido”, de Paulo Freire.
O homem busca de forma permanente sua humanização, sua plenitude. Essa busca se dá na sociedade, logo também na escola, ambiente de grande relevância na formação do indivíduo.
A Educação deve servir como instrumento de mudança da sociedade. Para isso, o ensino deveria desenvolver a consciência crítica, para possibilitar ao aluno uma atuação consequente como cidadão em busca da transformação social. É a partir de uma práxis libertadora, modo de estar no mundo que implica o reconhecimento das condições opressivas, a reflexão sobre suas causas e a ação transformadora sem a qual nenhuma alteração histórica pode ocorrer. Freire não perde de vista o papel da educação no processo de humanização. E fez uma crítica radical ao modo prescritivo e autoritário caracterísitico do que chamou de “Educação Bancária”. Ele insiste numa educação não prescritiva e não manipuladora. Para isso, ele acha indispensável uma postura dialógica e democrática, que deve sempre começar pela objetivação da realidade social.
Sabemos que ainda há um distanciamento entre a prática educativa e as pretensões de uma tão sonhada Pedagogia Libertadora. Há uma impraticável conciliação de posições pedagógicas freireanas com a educação tradicional. Estamos tentando buscar cada vez mais uma democratização do processo ensino-aprendizagem.
Constatamos então, que a Resolução vem de encontro a LDB na medida em que tenta conciliar estes aspectos e considerações (descritos por Freire), deixando um espaço para que além do que é obrigatório (dentro da grade curricular), a escola possa também praticar a democratização do planejamemnto das aulas, a reflexão sobre a realidade concreta do participante e a sua leitura do mundo, a prática do diálogo, a elaboração coletiva do conhecimento, a construção da consciência crítica e a dimensão política no ato educativo.
GRUPO: Julia Gama, Maria Fernanda Braga Fagundes, Renata Luna Peixoto, Sandra Gomes Araujo, Valeria Lavall.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
PROJETO INTERDISCIPLINAR DE LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL
I - Currículo Escolar e a LDB 9394/96
Conjunto de dados relativos à aprendizagem escolar, organizados para orientar as atividades educativas, as formas de executá-las e suas finalidades. Geralmente, exprime e busca concretizar as intenções dos sistemas educacionais e o plano cultural que eles personalizam como modelo ideal de escola defendido pela sociedade. A concepção de currículo inclui desde os aspectos básicos que envolvem os fundamentos filosóficos e sociopolíticos da educação até os marcos teóricos e referenciais técnicos e tecnológicos que a concretizam na sala de aula.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, orienta para um currículo de base nacional comum para o ensino fundamental e médio. As disposições sobre currículo estão em três artigos da LDB. Numa primeira referência, mais geral, quando trata da Organização da Educação Nacional, define-se a competência da União para "estabelecer em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum".
Outras referências, mais específicas, estão no capítulo da Educação Básica, quando se define que "os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela".
Finalmente, são estabelecidas as diretrizes que deverão orientar os "conteúdos curriculares da educação básica", que envolvem: valores, direitos e deveres e orientação para o trabalho.
A LDB sugere uma flexibilização dos currículos, na medida em que se admite a incorporação de disciplinas que podem ser escolhidas levando em conta o contexto local. No ensino nas zonas rurais, por exemplo, é admitida a possibilidade de um currículo "apropriado às reais necessidades e interesses dos alunos".
II- A "DIALOGICIDADE" - ESSÊNCIA DA EDUCAÇÃO COMO PRÁTICA DA LIBERDADE:
Paulo Freire e algumas aproximações com o Currículo:
"Aliás, não tenho, nem quero seguidores!
Quero recriadores curiosos sobre o que criei (...)".
PAULO FREIRE, 1998
Paulo Freire não desenhou especificamente uma teoria do currículo, contudo, o seu pensamento traz alguns conceitos que são fundamentais para uma teorização sobre o currículo, sobre a escola, quais sejam: sua concepção de homem como um ser de relações, criador e transformador do mundo, da educação como ato de conhecimento, conhecimento com 'feições de beleza', emancipador; a dialogicidade e a problematização, o conceito de cultura (ou culturas?!) como arena de lutas e contradições, identidade, alteridade, poder. Paulo Freire nos legou um vasto campo conceitual para se discutir questões de currículo.
O que une estes e outros conceitos que Freire desenvolve é o 'tom' da sua obra, isto é, como um fato de tomar o oprimido como categoria central discursiva e a denúncia da 'desumanização opressora' como caminho político de emancipação.
Uma Teoria Curricular de inspiração freireana necessariamente deverá contemplar eixos centrais do pensamento de Paulo Freire, que sejam: O que? Como? Para que? Para quem? A favor de quem?
A questão dos conteúdos é uma das questões centrais que vem dominando as discussões curriculares tanto na ótica de algumas teorias quanto nas políticas públicas, e mesmo nas escolas: quais os conteúdos que são relevantes frente à contemporaneidade, aos desafios postos pela globalização. Para Freire, a escola ensina muito mais que conteúdos, ensina uma forma de ver o mundo. Neste sentido, o que ensinar não poder estar desvinculado de outras questões que precisam ser feitas no ato de educar: quem educa? Por que educa? O que ensina? Como ensina? A quem serve, contra quem e a favor de quem?A partir destas questões ele, sem desconsiderar o ensino, propõe que o ato educativo se organize a partir da aprendizagem, ou, dos sujeitos(professor e aluno). Com isto ele faz um deslocamento interessante para se pensar a organização curricular na escola, que não seja pelo viés dos conteúdos, mas das relações que se possam estabelecer no entorno do ato educativo; a vida cotidiana da escola como um todo diz respeito ao ato educativo. A pedagogia freireana situa a análise da vida cotidiana no centro do currículo. Paulo Freire entende que não se muda a cara da escola por portaria, por pacotes pensados por uma dúzia de iluminados, para ser aplicado nas escolas. Aqui ele aponta para a noção do currículo como uma construção teórico/prática, sendo imprescindível a participação, a dialogicidade no processo de elaboração curricular. Neste sentido, tomando a educação como prática de significação, o pensamento de Paulo Freire pode ajudar a escola a contribuir na construção de outras subjetividades, inconformistas, que pervertam os sentidos impostos pelo capitalismo sob a ótica de valorar a tudo por sua qualidade de troca.
Sob a perspectiva de Paulo Freire, a luta por significados é uma luta política, reafirmando-s, portanto, a urgente ação política contida na educação. Para Freire, os homens e as mulheres fazem a história que é possível, não a história que gostariam de fazer ou a história que, às vezes, lhes dizem que deveria fazer. Neste sentido, os limites e possibilidades de uma teorização curricular freireana, são dados não somente pelos aspectos teóricos que levanta, mas sobretudo pelas condições concretas de realização. Destacando o caráter prático de suas ideias, Freire coloca a necessidade de que o seu pensamento seja reinventado na prática e não 'aplicado' como receita. E ao se utilizar a Pedagogia do Oprimido, é preciso ter em mente que nenhuma prática educativa se dá no ar, mas num contexto c histórico, social, cultural, econômico e político.
III -
A RESOLUÇÃO 4359/2009 DA SEEDUC/RJ E A QUESTÃO CURRICULAR NA FORMAÇÃO DA CIDADANIA NO RIO DE JANEIRO:
A SECRETÁRIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO, na RESOLUÇÃO 4359/2009:
- Considera a LDB 9.394/96, que incumbe os governos estaduais da tarefa de definir sua política educacional e estabelecer normas para seu sistema de ensino, em consonância com as diretrizes curriculares nacionais;
- Considera que a Lei Estadual nº 4.528, de 28 de março de 2005, ao estabelecer as diretrizes para a organização do Sistema de Ensino do Estado do Rio de Janeiro, define a Secretaria de Estado de Educação como um dos órgãos executivos deste Sistema;
- E, por fim, considera as modificações impostas à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que determinam a adequação de componentes curriculares às matrizes adotadas nas unidades escolares desta Secretaria de Estado de Educação, RESOLVE:
Em suas disposições gerais que as matrizes curriculares da Educação Básica, deverão orientar a organização do currículo das unidades escolares da Rede Pública de Educação desta Secretaria de Estado, a partir do ano letivo de 2010.
A Parte Diversificada é componente obrigatório do currículo escolar, devendo estar organicamente articulada à Base Nacional Comum, tornando O CURRÍCULO UM TODO SIGNIFICATIVO E INTEGRADO.
Os componentes da Matriz Curricular de horário parcial estão distribuídos entre a Base Nacional Comum e a Parte Diversificada, podendo ser acrescidos de Atividades Complementares nos horários ampliado e integral. No âmbito de todo currículo escolar deverão ser ministrados conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira e dos povos indígenas brasileiros, nos termos da Lei Federal nº 11.645, de 10 de março de 2008, que modifica a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. A Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno, nos termos da Lei Federal nº 10.793/2003.
IV - CONCLUSÃO:
A RESOLUÇÃO 4359/2009 da SEEDUC/RJ oferece subsídios para a aplicação de um currículo integrado, dentro dos TEMAS GERADORES da proposta curricular de Paulo Freire. Contudo, em seu texto, a RESOLUÇÃO 4359/2009, em parágrafo único determina para a educação básica que "O PLANEJAMENTO DA PARTE DIVERSIFICADA CONSTARÁ DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA, OPORTUNIZANDO O EXERCÍCIO DA AUTONOMIA E RETRATANDO A IDENTIDADE DA UNIDADE ESCOLAR".
Nessa medida, a autonomia e identidade da unidade escolar, devem ser referendadas e respeitadas nos matizes curriculares aplicados na escola, respaldadas por um PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO que situe o currículo ensinado na realidade concreta e histórica da escola. Nesse ponto, podemos afirmar que a RESOLUÇÃO 4359 pode ser utilizada na construção pedagógica na linhagem de Paulo Freire. Entretanto, isso deve ser feito, respeitando a base curricular nacional programada na LDB 9394/96 e nos Parâmetros Curriculares Nacionais. No texto de Paulo Freire, o autor mostra como o conteúdo programático pode(e deve) se constituir num agente fundamental para uma revolução na educação, mostrando a necessidade de se levar em consideração o universo que cada aluno(sujeito) está inserido para que exista de fato um diálogo entre aluno e professor,rompendo por exemplo com o hábito da classe dominante de utilizar a educação como mecanismo de manipulação das classes mais oprimidas.Na resolução para implementação de matrizes curriculares podemos ver claramente como a educação caminha cada vez mais para essa revolução proposta pelo autor. Isso pode ser observado principalmente pelo caráter inclusivo da resolução,tornando obrigatória a parte diversificada no currículo da escola.E ainda, integra a cultura indígena na educação formal do Rio de Janeiro.E, por fim, podemos afirmar que esta resolução pode ajudar a promever o conceito de cidadania nos estudantes do Rio de Janeiro, desde que a unidade escolar que este esteja inserido, compromenta-se com a construção de aluno-cidadão, capacitado em exercer seus direitos e deveres, e de realizar seu projeto de um mundo melhor.
GRUPO:
- DANIELE DA COSTA SANTOS P00771
- FERNANDA MARQUES PEREIRA SANTOS P00803
- ISABEL EMÍLIA DE SOUSA PENEDO P00747
- ISABELA DO NASCIMENTO NOGUEIRA P00742
- JULIANA ANTUNES KÜHNER P00800
- MARIA CONCEIÇÃO LOPES DA CUNHA P00775
ESTABELECENDO RELAÇÕES
A Resolução nº4359,da Secretaria Estadual de Educação,formula seus artigos 2º,4º,5º e 12ºem consequência dos termos constantes nos artigos da LDB citados acima: parte diversificada obrigatória;conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas;oferta de aulas de educação física;ensino de língua estrangeira moderna e execução de projeto a ser definido pelas unidades escolares.
Ainda em consonância com a LDB,a Resolução SEE determina que o planejamento curricular,em sua Parte Diversificada,constará dos Projetos Político Pedagógico das escolas,oportunizando o exercício da autonomia e retratando as características de cada unidade escolar.
Abre-se aí o espaço para a democratização da escola ,ampliando seu conceito para além de seus muros,quando promove a articulação escola/família,determinando a participação de toda a comunidade escolar no planejamento dos projetos pedagógicos,onde a idéia de gestão escolar se alia às idéias de transformação e cidadania.
A participação,o diálogo ao qual Paulo Freire se refere,pode se realizar a partir dessa elaboração participativa,sendo ele o grande incentivador de uma educação mais humana,onde o conteúdo da parte diversificada não seja imposto e onde se dialoga e se pode(se deve)discutir e decidir um tema gerador a ser seguido,que propicie um pensar e uma atuação sobre a realidade- a práxis- como resultado de um trabalho em equipe,multidisciplinar.
A legislação analisada indica o caminho que a escola de ensino básico deve trilhar para que seu aluno estabeleça sentido para os conteúdos que lhe são oferecidos,criando condições de se tornar um cidadão que pense,tome iniciativa,expresse pensamentos e idéias ,saiba ouvir e trabalhar em equipe ,exigência atual do mercado de trabalho do Rio.
O grande desafio é a maneira como as escolas deliberarão sobre quais conteúdos,de fato,são representativos para a comunidade escolar,pois sabemos que,em sua maioria,as escolas do Rio de Janeiro possuem administrações burocráticas e conservadoras,por falta de formação ética e política dos gestores eleitos.
Bibliografia
Artigo "Por um currículo consistente"- Prof.Fernando José de Almeida para a edição 233 jun/jul 2010 da revista "Nova Escola"
Caderno de Estudo IAVM-Políticas Educacionais-Prof.Antônio Ney-ano 2010
Caderno de EStudo IAVM-Didática I-Prof.ª Flávia Cavalcanti
Livro Pedagogia do Oprimido-Paulo Freire-1987
LDB/2008
Resolução SEEduc nº4359/2009
Grupo Ação Educativa
Adriana Teixeira P00698
Bruno Gawryszewski P00714
Daniele Rosa P00709
Elane Neves P00701
Mª Margarida Avelar P00707
Monica Rocha P00706
A educação como um processo de humanização sempre será cercada de inquietações no que refere aos conteúdos programáticos, pois a mesma está em constante mudança, através de sua transformação .
Tendo em vista a temática que aborda as matrizes curriculares do ensino fundamental e médio que são norteadas por alguns comandos legais da LDB , v.g. artigos 26 e 26-A , com sentido obrigatório. Observou-se que o artigo 26 , no seu parágrafo 4º da , menciona que a história do Brasil levará em conta as etnias e culturas que contribuíram para formação do povo brasileiro, mormente a indígena, africana e européia.
Diante do não cumprimento do dispositivo do artigo 26 da LDB e com os movimentos de políticas afirmativas e somente após um lapso temporal 7 anos, a lei 10.639/03 acrescentou mais um artigo à Lei de Diretrizes e Bases, o artigo 26-A ;que destacou tão somente a etnia africana, ferindo de forma discriminatória a própria norma (lei) que enaltecia o assunto de forma igualitária . Desta maneira, surgiu um confronto entre as normas , o artigo 26 e 26-A na Lei de Diretrizes e Bases. O que seguir?
Perceba que diante das normas conflitantes, pode-se gerar uma questão confusa para o processo do ensino , porém para um “educador-educando”, não será um fardo, e sim a busca da construção da realidade cultural acerca do assunto, pois “ a educação autêntica, não se faz de A para B ou de A sobre B, mas de A com B, mediatizados pelo mundo .”- Paulo Freire
Novamente o artigo 26-A fora modificado, agora pela lei 11.645 de 2008 , com o escopo de uma certa forma compensatória , pelo não cumprimento do artigo 26 no que se refere á etnia indígena , que foi acrescida, permanecendo a gritante discriminação com a cultura européia e permanecendo o confronto entre os comandos legais.
No ensino do Estado do Rio de Janeiro, os currículos supracitados, tem como diretriz a Resolução da SEEDUC nº 4.359/2009 que deveria dispor de forma harmônica os caminhos do artigo 26 .
A Resolução retrocitada em seu artigo 4º, privilegiou o artigo 26-A da Lei de Diretrizes e Bases, ao destacar as etnias africanas e indígenas como culturas que deverão ser trabalhadas em seus conteúdos programáticos, sendo a mesma seu corolário.
Nesse diapasão, acerca do tema, a Resolução da SEEDUC também não conseguiu seguir o artigo 26 da LBD, que trata de forma igualitária e proporcional , as etnias que contribuíram para formação do povo brasileiro, ferindo assim, o princípio da igualdade com espeque no artigo 5º de nossa Carta Magna.
Diante das diretrizes curriculares do sistema de ensino do Estado do Rio de Janeiro, exposto pela Resolução 4.359/09, não se pode assumir o lugar de “ educador- bancário” que aceita imposições, e que deposita interesses de forma doutrinária, sem oportunizar a dialogicidade. Para o educador humanista é mister contemplar a diversidade e a pluralidade de pensamentos com os educandos na busca da educação para cidadania e aprendendo com a realidade concreta a ser transformada por eles .
DENISE BARBOSA DO NASCIMENTO
ELIANE MARIA GUIMARÃES BELTRÃO
FABIANA THIMOTEO GONÇALVES
FABIO COSME DOS SANTOS SÃO ROQUE
JULIANA ROSAS COELHO
PRISCILA CAVALCANTE DOS SANTOS
EDUCAÇÃO E CIDADANIA NO RIO DE JANEIRO
Nesta metodologia problematizadora os alunos são envolvidos na solução de problemas, o que supõe a identificação das causas e elementos relacionados, as circunstâncias, a compreensão do problema, visando a proposta de soluções. Por isso, o currículo deve ser articulado de forma a valorizar o contexto sócio, político e cultural do espaço escolar de acordo com suas características e concepções pedagógicas.
O currículo constitui-se e concretiza-se também, mediante o tipo de aluno-cidadão que se formar, tendo a sua realidade local (regional) como estrutura, referenciando também a realidade global. Logo, o projeto político pedagógico, viabilizará a aproximação do mesmo as necessidades da escola. Os princípios de flexibilização curriculares junto ao projeto político pedagógico têm seu elo junto ao ensino, ao conhecimento e a interdisciplinaridade, no sentido de interagir os mesmos, valorizando ainda a diversidade que se apresentam na escola e na sociedade brasileira. Esta relação currículo, conteúdos e realidade exigem mudanças em sua estrutura para que as práticas pedagógicas estejam de acordo com as bases legais.
Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigidapelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela. (LDBN, Art. 26, 1996)
A escola como instância social e educativa promove uma educação multiculturalista, visto que ela abarca culturas distintas. Assim a escola adota uma postura acolhedora, mantendo a aceitação de todas estas em sua pauta, sem discriminação, com intuito de proporcionar a socialização e o acesso ao conhecimento, às novas descobertas e experiências a todos.
Entendemos por multiculturalismo o reconhecimento da existência de várias culturas num determinado lugar ou local, sem que uma destas predomine. Partindo desse pressuposto em todas as instâncias sociais, inclusive na instituição escolar, há diversas culturas vivendo entre si e a escola deve ser o principal instrumento para educação multicultural, ou seja, a educação que abraça todos os indivíduos não importando a sua origem cultural, através de um trabalho pedagógico onde englobe as diferenças e a interação com as mesmas. A idéia do multiculturalismo faz com que a própria escola se questione quanto ao seu papel na promoção da educação, como será a postura dos educadores em sala de aula, como o currículo abordará essa questão tão presente nos dias de hoje, porém para que a educação seja de fato multicultural e por fim democrática, demandará mudanças nos educadores, nos paradigmas e nos saberes valorizados socialmente.
Diante dessa possibilidade se faz necessário operacionalizar uma cultura pedagógica que ofereça oportunidades de atendimento adequado a todos e para todos trabalhando o ensino-aprendizagem a partir de todos os aspectos culturais. Conforme, a LDBN “O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e européia”. (Art. 26 § 4°, 1996)
Devemos observar que o Brasil, é um país multi-étnico e pluricultural, portanto, todos devem ser incluídos, e ter garantido o direito de aprender e de desenvolver conhecimentos, sem precisar negar a sua identidade, nem a sua ascendência étnico/racial.
É de suma importância que a escola tenha uma visão ampla daquilo que se entende por multiculturalismo/etnicidade, para que não ocorra fragmentação dos conteúdos culturais afro brasileiros, baseando-se nos critérios de valor histórico juntamente as influências do continente africano.
Acreditamos que a educação crítica é aquela que sempre articula os saberes da comunidade escolar com os saberes de cada pessoa presente no espaço escolar, a fim de não ceder aos problemas que intimidam as ações que buscam construir as discussões em torno da questão e de visualizar a identidades próprias de forma positiva.
Alunos: Beatriz Silva Santos, Hércia das Mercês Bezerra da Silva, Renata da Silva Cota, Bianca Mara Cruz Pacheco e Washington Luiz Ribeiro da Silva.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FREIRE, P Pedagogia do Oprimido. 17º ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra S/A, 1987.
http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf Acesso em: 22 jun. de 2010.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Educação e Cidadania no Rio de Janeiro
Educação e Cidadania no Rio de Janeiro
Tendo como base os artigos 26 e 26A da Lei Federal 9.394/96, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, que tratam dos conteúdos curriculares da educação básica, traçamos um paralelo entre essas normas, a resolução estadual da SEEDUC/RJ 4.359/09 e o texto do livro Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire, buscando comentar a clara relação existente entre os mesmos com o tema norteador do projeto interdisciplinar “Educação e Cidadania no Rio de Janeiro”.
Dentre os conteúdos curriculares da Educação Básica, artigos 26 e 26ª da LDB, devem constar uma base nacional comum, para que se mantenha um padrão de igualdade e qualidade em âmbito nacional e uma parte diversificada, conforme as características regionais e locais, cultura, economia e clientela. Ou seja, temos uma base nacional e outra regional, que é justamente onde entram as Secretarias Estaduais de educação com suas resoluções para fixar as diretrizes para a implantação das matrizes curriculares impostas pela LDB.
Cabe aos governos estaduais a tarefa de definir sua política educacional em consonância com as diretrizes curriculares nacionais das quais constam, inclusive, a parte diversificada do currículo, que deve estar organicamente articulada a base nacional comum tornando o currículo um todo significativo e integrado.
Segundo a resolução 4.359/09 da SEEDUC, o planejamento da parte diversificada constará do Projeto Político Pedagógico da Escola, oportunizando o exercício da autonomia e retratando a identidade da unidade escolar.
O exposto acima nos remete diretamente ao texto “O Diálogo Começa na Busca do Conteúdo Programático” de Paulo Freire, em consonância no discurso de que, para o autor, a educação autêntica não é de um para o outro, tampouco de um sobre o outro, mas sim um com o outro, tendo o mundo como mediador.
É a partir desse momento que a escola tem condições de construir a parte diversificada obrigatória por lei no currículo conforme suas características, inserindo a comunidade, sua realidade, suas condições de vida, e montando programas que realmente sejam interessantes e relevantes para os envolvidos.
Ainda segundo Paulo Freire, os planos devem levar em conta não a visão pessoal da realidade do educador, mas a situação dos educandos, e é assim que se distingue o “educador bancário”, que não dialoga, que determina e organiza seu programa do “educador educando” que não impõe, mas troca.
O autor também comenta a forma de utilização dessa concepção “bancária” pelas elites dominadoras em sua atuação política, que conquistam e apassivam, usam seus “slogans” para cooptar e tem os educandos como “vasilhas” para depositarem as informações que lhes convêm.
Justamente então fazemos uma associação com “A Educação e Cidadania no Rio de Janeiro”, pois o exercício da cidadania depende da aquisição de conhecimentos e do uso que dele se faz, o cidadão autêntico deve ter condições de pensar o mundo em que vive, de criticá-lo, para modificá-lo se necessário, mas isso só será possível com uma educação libertadora, que não oprima sua consciência.
Nenhum programa, no Rio de Janeiro ou em qualquer outro lugar, dará resultados positivos sem levar em conta a visão de mundo do povo. Não basta a intenção. Não podem fazer o educando “querer” o que “acham” que “serve” para eles, através da visão de mundo de quem “pensa” o programa, tem que ser a partir da visão de mundo de quem “vive” o programa, com suas peculiaridades, suas dificuldades, enfim, sua realidade.
Legislação- Educação e Cidadania
Os temas propostos abordam a regulamentação da educação básica, visando estabelecer uma diretriz única comum a toda nação.
A resolução SEEDUC nº4359/2009 e o artigo 26 da LDB, estabelece diretrizes da educação, norteando o caminho para divulgação e aplicação do ensino.A resolução e o texto apresentam as adversidades que envolvem as pessoas do universo observado.
Na Resolução Seeduc n.4359 de 19 de outubro de 2009,é valido considerar a ação do poder Legislativo assim como a divulgação do ensino em nosso país através da da Secretaria de Educação.
A vontade do legislador deve ser cumprida e mesmo em cenários diferentes mostra que o ensino está presente no cotidiano da população abrangendo vários cenários de modo importante e significativo.
Considerações importantes:
O objetivo é fazer a diferença mesmo atuando em condições básicas. Estimular o estudo independente da classe social é exercitar cidadania.
Se cada um fizer a sua parte, haverá possibilidade de educação escolar para todos os cidadãos.
Participante: Regina Adysa Maia Barbosa Vitorino P00639
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Educação e Cidadania no Rio de Janeiro
Na educação bancária a preocupação se limita ao programa que será dissertado para os alunos, meros receptores de informações escolhidas e selecionadas atendendo os anseios do professor. Ao estudante cabe ser mero espectador desse espetáculo onde o saber do mestre não deve ser questionado.
Já o educador-educando compartilha com a sua turma de forma sistematizada o conteúdo que recebeu de forma desestruturada.
No trecho do capítulo 3 intitulado “O diálogo começa na busca do conteúdo programático” o autor finaliza dizendo “Não podemos, a não ser ingenuamente, esperar resultados positivos de um programa, seja educativo num sentido mais técnico... se desrespeitarmos a particular visão do mundo que tinha o povo.”
Podemos ver como os princípios que compõe o artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases a nível federal e a resolução SEEduc n°4359/2009 a nível estadual encontram-se em consonância com o que é defendido por Paulo Freire na sua obra. Logo ao analisarmos a LDB, vemos que a lei estabelece que o sistema de ensino deve ser composto por uma grade curricular obrigatória e uniforme para todo o sistema, mas ressalta a importância de uma parte ser dedicada as características regionais e locais de cada região, dando ao professor liberdade de atuação e promovendo a oportunidade de se pensar e construir o conteúdo programático de acordo com a realidade e necessidade específica do público assistido.
Outro aspecto importante é a valorização da cultura africana e indígena na formação do povo brasileiro, muitas vezes relegada a segundo plano e que merece ser destacada e trabalhada com mais afinco.
Por fim verificamos que a resolução estadual foi composta de forma a ser harmoniosa com a LDB, mas traz um aspecto peculiar e importante para a formação participativa e reflexiva do aluno, a parte diversificada do componente obrigatório do currículo escolar, espaço onde a escola deve desenvolver projetos que atendam aos anseios da comunidade escolar.
Erika de Oliveira Asfora
Marco Antonio da Costa
Maria Guilhermina de Almeida Gomes
Renata Benévolo Chagas Pinto
domingo, 27 de junho de 2010
Projeto Interdisciplinar de Legislação Educacional
A relação entre a resolução e o texto citado esta na obrigatoriedade da parte diversificada que pode e deve ser construída com a comunidade do entorno, para que os indivíduos que fazem parte destes meandros educacionais sejam de fato sujeitos nesta relação tão importante que é a de educador e educando, participando das construções que abarcam os conteúdos programáticos, para que não seja mais uma vez tratados como uma conta bancária onde se depositam conhecimentos que não tem significado nenhum para aquele indivíduo, por isso a grande importância deles estarem envolvidos neste processo, sendo sempre vistos como cidadão e não como tábuas em branco.
Considerando a Resolução Seeduc n.4359 de 19 de outubro de 2009,observamos que há um empenho do Legislativo e da Secretaria de Educação em tornar o ensino mais adequado e abrangente no Brasil.
Uma vez que a lei é soberana e tem de ser obedecida, só mesmo constando em Lei é que há uma maior possibilidade de melhoria no Ensino.
A lei está muito bem formulada e abrange os vários níveis necessários, começando pelo Ensino Fundamental, organizando o seriado, as horas aulas, as matérias e conteúdos realmente importantes para a formação do indivíduo como sujeito cidadão em desenvolvimento crescente.
As impontualidades encontradas são :a não obrigatoriedade da Educação Infantil como pré-requisito para o ingresso no Ensino Fundamental e a não colocação no currículo da etnia do povo português como parte da formação do povo brasileiro junto aos povos africanos e indígenas.
Dito isto temos a complementar, que o êxito da Educação, vai depender de como aplicá-la. Na concepção de Paulo Freire,a Educação precisa ser calcada na verdadeira vivência do aluno, em que este seja o sujeito de suas ações, que possa construir o seu conhecimento.
“Nunca ,apenas dissertar sobre elas, jamais doar-lhe conteúdos que pouco ou nada tenham haver com seus anseios,com suas dúvidas...”Paulo Freire
A Educação é o caminho para o crescimento do indivíduo consciente,capaz ético e cidadão na sociedade, mas ela precisa ser verdadeiramente vivenciada e não depositada como mensagem “salvadora” em forma de conteúdo(Paulo Freire).
Enquanto o docente não trabalhar nesse sentido,a educação continuará estagnada, enquanto, se depositar os conteúdos sobre as cabeças dos alunos como formulas mágicas, essa Educação Bancária, não chegará a lugar algum, produzindo cada vez mais turmas de aceleração, onde poucos conseguem caminhar.
É uma espécie de invasão cultural, diz Paulo Freire,distancia os alunos da aprendizagem.
Esse é o quadro da Educação onde cada vez mais se tira do aluno o prazer do aprender, do estímulo ao conhecimento.
Nosso alunado tem vida, é um ser pensante, tem seus conhecimentos, suas habilidades, precisa ser ouvido, precisa ser respeitado, como indivíduo e cidadão que é.
Só compreendendo esses valores, fazendo a cidadania também estaremos ensinando a ser cidadãos. E como diz Paulo Freire:
“ O que temos a fazer ,na verdade, é propor ao povo,através de certas condições básicas,sua situação existencial,concreta presente, como problema que por sua vez, o desafia e, assim lhe exige resposta,não só no nível intelectual,mas no nível da ação”
Grupo:
Glória Helena Monteiro Costa
Elaine Miranda dos Santos
Lizete Conceição Cardoso Martins Araujo
Rene Marques Leandro
segunda-feira, 7 de junho de 2010
DISCIPLINA: Promoção de Saúde e Qualidade de Vida
ALUNOS: Erika de Oliveira Asfora – P00738
Marco Antônio da Costa – P00750
Maria Guilhermina de Almeida Gomes – P00605
Renata Benévolo Chagas Pinto – P00557
Entrevista
Creche Municipal Nação Mangueirense
Rua Visconde de Niterói, 774 – Mangueira – Rio de Janeiro – RJ
A Creche atende 142 crianças, com turmas de 0 a 4 anos.
Entrevista com a Diretora Maria Guilhermina de Almeida Gomes
1- Quais os problemas ambientais que mais afetam sua unidade escolar? São os problemas internos ou externos?
Os problemas ambientais que mais afetam a u.e. são de procedência externa, pois ela está inserida em uma comunidade bastante carente que apresenta falta de saneamento, deficiência de coleta de lixo, etc. Que causam várias doenças em nossas crianças, principalmente doenças de pele tais como: sarna, escabiose, impetigo, etc.
2- Além desses fatores externos, você acredita que o nível de escolaridade e de informações que os pais têm prejudica ou influenciam na saúde das crianças?
Creio que a falta de educação é o ponto determinante para as atitudes tomadas pelos responsáveis em relação ao asseio das crianças. A escolaridade também pode contribuir, mas não considero como fator primordial.
3- Qual o impacto desses problemas no rendimento escolar?
As crianças afetadas por doenças infectocontagiosas deixam de frequentar a u.e. o que prejudica seu desenvolvimento sócio-intelectual.
4- E a equipe é capacitada para resolver essa situação?
A equipe ajuda no sentido de orientar e encaminhar a criança para um atendimento médico no posto de saúde mais próximo.
5- A unidade escolar trabalha esse conteúdo na rotina escolar?
O conteúdo de higiene tanto física como ambiental faz parte do projeto político pedagógico da u.e.
6- Como a tecnologia pode contribuir?
Campanhas nacionais e locais sobre os problemas de pele divulgados pela mídia podem ajudar a minimizar os problemas ambientais que afetam a saúde das nossas crianças.
CURSO: Pedagogia
DISCIPLINA: Promoção de Saúde e Qualidade de Vida
ALUNOS: Erika de Oliveira Asfora – P00738
Marco Antônio da Costa – P00750
Maria Guilhermina de Almeida Gomes – P00605
Renata Benévolo Chagas Pinto – P00557
TEMA: SAÚDE E BEM ESTAR
O que será abordado/trabalhado pelo projeto
- Compreender a importância dos cuidados com o corpo;
- Conscientizar e promover a boa higiene;
- Compreender a importância dos cuidados com o meio que vivemos;
- Estimular a imaginação e a criatividade.
Atividade Educacional:
Exposição de todo o material produzido. O álbum percorrerá as casas dos alunos. Apresentação de uma peça teatral. Palestras, para pais e alunos, com dermatologistas e pediatras, orientando como proceder no que diz respeito à higiene pessoal e tratamento de problemas específicos.
Demonstrações de manipulação e guarda de objetos pessoais e roupas, principalmente os de uso coletivo com a presença de profissionais da saúde pública.
Objetivo Geral:
O Objetivo é discutir, conscientizar e fazer compreender assuntos relacionados aos cuidados com o corpo, a higiene e os cuidados com o meio que se vive.
Justificativa:
Com base na entrevista, percebemos qual a necessidade de maior urgência nessa escola, que são as doenças de pele. O projeto abordará as questões de hábitos de higiene dentro e fora da escola e do meio que vivemos. Elucidar os alunos e os pais, pois é fundamental a boa saúde e o bem estar.
Estratégias/Procedimentos práticos:
Confecções de cartazes;
Confecção de um álbum para toda a turma abordando o tema;
Colagem;
Desenho ;
Brincadeiras;
Pesquisas em revistas;
Leituras;
Jogos;
Filmes.
Recurso (Material e Humano/ Técnico) / Parcerias:
Material: Papel, cola, tesoura, filme, livros, lápis de cera, revistas.
Humano: Especialistas da área de saúde. Professores e alunos.
Parceria com postos de saúde para uma campanha com presença de todos os alunos e família direta (que moram na mesma casa);
Parceria com empresas do segmento médico e de higiene para distribuição gratuita de produtos, apresentando a forma e quantidade adequada de utilização de cada um dos produtos.
Avaliação / Resultados esperados:
Ao analisarmos a realidade vivida na creche localizada no bairro da Mangueira, no município do Rio de Janeiro, constatamos que um dos principais problemas enfrentados é a falta de saneamento básico o que reflete diretamente na saúde das crianças usuárias do serviço.
Sugerimos algumas ações para serem implementadas com intuito de promover uma melhoria na qualidade de vida das crianças assistidas.
No primeiro momento acreditamos ser importante formalizar junto aos órgãos competentes a situação a qual a comunidade escolar está exposta cobrando ações urgentes tais como:
• Coleta regular de lixo
• Instalação de rede de esgoto
Aumento dos agentes de saúde locais.
Paralelamente sugerimos uma ação interna que pode gerar impactos positivos.
A equipe pedagógica da escola deve promover encontros no início e ao longo do ano letivo com os responsáveis pelos alunos e especialistas da área de saúde, nutrição dentre outras com intuito de informar e conscientizá-los da importância dos hábitos de higiene e atitudes saudáveis na vida da criança.
Cronograma trimestral para reavaliação e apresentação de resultados.
Premiação para as famílias que apresentarem melhor resultado já no primeiro trimestre, plano de multiplicação para demais vizinhos e parentes do mesmo programa, disseminado pelas famílias atendidas.
Por fim lembramos Paulo Freire que nos diz na Pedagogia do Oprimido
“Aos esfarrapados do mundo e aos que neles se descobrem e, descobrindo-se com eles sofrem, mas, sobretudo com eles lutam”
Sustentabilidade
Curso: Pedagogia
Disciplina: Promoção de Saúde e Qualidade de Vida
Alunos: Helena Cristina R. F. Greenhalgh -Mat. P00780
Fabiana Thimóteo Gonçalves -Mat. P00794
Juliana Rosas Coelho -Mat. P00795
Introdução
O livro Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire nos mostra a opressão contida na sociedade e na educação, a opressão é tida como um problema crônico social, já que, as camadas menos favorecidas são oprimidas e aceitam os que lhes é imposto, por falta de conscientização as pessoas obedecem as ordens, por medo, sem questioná-las. A libertação exige o abandono da condição servil. Torna-se cômodo para o opressor que o oprimido não tenha consciência do que acontece.
A Pedagogia do oprimido propõe a construção dos sujeitos críticos e comprometidos com sua ação no mundo.
Tendo em vista a proposta do livro, nos preocupamos em elaborar um Plano de Ação voltado para a integração escola-família-comunidade, com atividades que sejam do interesse de todos, que esclareçam dúvidas e que mostre a responsabilidade de todos nós com as ações no mundo.
Entrevista:
A entrevista foi realizada com uma Orientadora Educacional.
Qual público-alvo de sua escola?
Resposta: São alunos do 1° e do 2° segmento do ensino fundamental, de classe média
da Zona Norte do Rio de Janeiro.
Quais são os problemas relacionados a saúde que ocorrem com maior incidência em
sua escola?
Resposta: Há dois anos atrás e também ano passado tivemos vários casos de alunos e
familiares com dengue, esse fato nos causou grande preocupação. Esse ano percebemos que
houve um aumento no número de crianças que ganharam muito peso, em função muitas
vezes, de uma alimentação inadequada e tivemos ainda um caso de gravidez na
adolescência.
Qual o conceito de saúde adotado pela escola e professores ao trabalharem Saúde como Tema Transversal?
Resposta: Conceituamos saúde não somente como ausência de doença física e sim como algo maior, mais amplo, que inclui aspectos emocionais, sociais, familiares. Buscamos sempre o bem-estar dos nossos alunos, queremos sempre que os alunos e as famílias estejam seguros em relação a nossa escola.
De que forma a formação docente tem colaborado na Promoção da Saúde de e Qualidade de Vida da Sociedade?
Resposta: Acho que somente a formação docente em áreas específicas, como por exemplo, Biologia, têm dado ênfase a essa questão.
Como as novas tecnologias estão contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e consciência ética coletiva em sua escola e comunidade?
Resposta: De forma bastante intensa, com a internet, por exemplo, o acesso a inúmeras informações sobre saúde, meio ambiente se tornou bem mais acessível e rápido. Utilizamos ainda, algumas vezes, documentários exibidos em TVs por assinatura sobre animais, coleta de lixo, meio ambiente, como parte integrante de nossas aulas.Percebemos que as crianças e os jovens gostam muito.
A inter-relação entre avanços tecnológicos e desenvolvimento social contribuiu para a melhoria da qualidade de vida produzindo realmente um “admirável mundo novo”?
Resposta: De certa forma, como disse anteriormente o acesso a informação foi facilitado, porém aumentou também o incentivo ao consumo e isso não é bom. As desigualdades sociais ainda são enormes e falta muito para atingirmos um nível razoável de igualdade.
Tema
Meio Ambiente e Saúde
Atividade educacional
A atividade será realizada em uma escola situada em um bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro que atende o público de primeiro e segundo segmento do Ensino Fundamental. Será feita em duas etapas,
Primeira etapa
Tempo estimado: duas semanas
Cada turma vai receber um tema para que seja feita a pesquisa e preparação de material para ser exposto no dia do encontro com toda a escola.
Turma do 2º ano – Ficará responsável por elaborar um teatrinho que aborde o tema Dengue.
Turma do 3º ano – Fazer pesquisa e preparar cartazes sobre a Dengue e as formas de evitá-la.
Turma do 4º ano – Fazer pesquisas e preparar cartazes com o conteúdo encontrado no site da Comlurb (www.comlurb.rio.rj.gov.br) sobre os assuntos
-Manual básico de cidadania e civilidade da Comlurb
-Folheto da Coleta Seletiva
-Folheto da poda de árvore
Turma do 5º ano – Pesquisar e preparar cartazes sobre: A importância da água e como evitar o disperdício.
Turma do 6º ano- Tema: Ameaças ao Meio Ambiente
Turma do 7º ano – Tema: Alimentação saudável
Turma do 8º ano – Tema: Planejamento familiar
Turma do 9º ano – Doenças Sexualmente Transmissíveis
Segunda etapa
Tempo estimado: Um sábado de 8:00hs às 12:00hs
Será feito um encontro que terão como convidados , alunos, família e comunidade. Os trabalhos feitos pelos alunos na primeira etapa serão expostos no pátio da escola, cada turma deverá preparar o seu espaço e pronta para apresentar o trabalho aos visitantes. Às 10:00 horas será feita a presentação do Teatrinho da Dengue e em seguida no auditório serão realizadas palestrar com profissionais da saúde que abordarão os temas: Pressão alta, diabetes, tabagismo, DST, gravidez na adolescência e nutrição e câncer de mama.
Haverá um espaço com atividades infantis para as famílias que levarem crianças pequenas.
Objetivo Geral
O objetivo é trazer a família e a comunidade para a escola, criar momentos de interação em que se possa passar informação, que essas pessoas que muitas vezes não têm tempo nem oportunidade de se manterem informados aproveitem esse espaço para buscarem informação.
Justificativa
Conforme a proposta do livro Pedagogia do Oprimido, quanto mais consciente e informado mais a pessoa assume as suas responsabilidades para consigo e para com o mundo e é capaz de cobrar isso do outro.
Estratégias
Na primeira etapa o trabalho será realizado durante duas semanas dentro de sala de aula nas disciplinas ligadas a Ciência.
Na segunda etapa será marcado um encontro em um sábado pela manhã. Os trabalhos confeccionados pelos alunos ficarão expostos no pátio da escola e as palestras deverão ser ministradas no auditório.
Recursos
Será necessário o envolvimento de toda a escola tanto de professores, coordenadores, diretor e profissionais de apoio. Utilizaremos o mobiliário da escola para montar as exposições, o uso do auditório, a abertura da cantina para a tender quem quiser se alimentar durante o encontro. Deverá ser feito antecipadamente contato com profissionais de saúde que possam estar presente para as palestras e disponibilizar um funcionário da escola para recepcioná-los no dia e para que eles sintam-se confortáveis.
Avaliação
Será colocado próximo a saída da escola um grande cartaz em branco com duas canetas presas, para que, as pessoas ao sairem possam deixar a sua impressão do encontro. No final das palestras o público deverá ser informado desse cartaz e da importância de sua opinião mesmo que anonimamente, se gostaram, do que não gostaram, se acharam os assuntos importantes etc.
domingo, 6 de junho de 2010
PROJETO DE TRABALHO COM TEMA TRANSVERSAL SAÚDE
CURSO: PEDAGOGIA
DISCIPLINA: PROMOÇÂO DA SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA
PROFESSORA: MARIA ESTHER DE ARAÚJO
ALUNOS: Adriana M.C.Teixeira(P00698)
Bruno Gawyrszewisk(P00714)
Daniele de O. Rosa(P00709)
Elane de O.Neves(P00701)
MªMargarida de A.Avelar(P00707)
Monica B. Rocha(P00706)
PLANO DE AÇÃO
TEMA: DST -CONHECER PARA SE PROTEGER
ATIVIDADES EDUCACIONAIS
Mostra de Trabalhos e Representação Teatral
ESTRATÉGIAS
MESES DE MARÇO e ABRIL - Trabalho de envolvimento dos professores durante os Centros de Estudos,articulado pela direção e coordenação pedagógica.
Sensibilização dos alunos e dos responsáveis através de palestras com profissionais do posto de saúde
Abordagem do tema em sala de aula,através de pesquisas,debates,exibição de vídeos,slides.
MES DE MAIO- Realização da pesquisa de campo,através da coletagem de dados nos postos de saúde próximos,para elaboração de gráficos e confecção de trabalhos criativos em sala (cartazes,vídeos,slides e folders).
MES DE JUNHO- Elaboração do texto da peça teatral,preparação do cenário, do figurino e ensaio.
Panfletagem junto à comunidade.
MES DE JULHO- Culminância do Projeto, aberta à comunidade
OBJETIVO GERAL
Conscientização da comunidade escolar quanto à importância da prevenção às DSTs,da interrupção da cadeia de contaminação e quanto à possibilidade de transformação dessas doenças em câncer.
RECURSOS
Profissionais docentes; profissionais de apoio administrativo escolar; profissionais da saúde;responsáveis.
Livros,jornais,revistas,artigos de papelaria diversos,roupas e objetos ,aparelhos de dvd,impressora,projetor data-show.
Acesso à Internet e softwares diversos
PARCERIAS
Posto Municipal de Saúde; Comércio local; CRE
RESULTADO ESPERADO
A mudança de atitude do público-alvo em relação aos cuidados pessoais com a prevenção e tratamento das doenças sexualmente transmissíveis.
AVALIAÇÃO
O projeto será avaliado durante seu desenvolvimento,nas reuniões de liderança e na sua culminância ,através de questionário elaborado e distribuído aos visitantes pela equipe pedagógica da unidade escolar.
O PAPEL SOCIAL DA ESCOLA NA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO
CURSO: PEDAGOGIA
DISCIPLINA: PROMOÇÃO DE SAÚDE E QUALIDADE
DE VIDA
ALUNOS: AdrianaTeixeira(P00698);Bruno Gawyrszewisk(P00714);Daniele Rosa(P00709);Elane Neves(P00701);MªMargarida Avelar(P00707);Monica Rocha(P00706)
ENTREVISTA
REALIZADA COM A PEDAGOGA TANIA CRISTINA ABREU,COORDENADORA PEDAGÓGICA DA ESCOLA MUNICIPAL FRANÇA.