quarta-feira, 7 de abril de 2010

Educação e cidadania

Educação e cidadania
Objetivos:
- Promover o aumento dos níveis de qualificação escolar e profissional ;
- Favorecer a todos o acesso a novos processos de aprendizagem.


Hoje em dia o importante é educar para a cidadania, isso vem sendo defendido em todas as nações. É através da educação que conquistamos melhorias na condição de vida de milhares de pessoas que vivem à margem da sociedade, por isso é muito importante que a educação permita o homem se conhecer e ter uma visão maior do mundo que o cerca.
Educação é um conceito muito mais abrangente que educação escolar, entendemos que o momento brasileiro prioriza a articulação entre educação e cidadania nos discursos oficiais das políticas públicas e os sistemas educacionais formais são, muitas vezes, privilegiados nesses discursos por atuarem com maior eficiência na educação para a cidadania.
Cidadania se entende como democracia , liberdade e se identifica com a possibilidade de segurança dos direitos do indivíduo nas questões privadas. Essa diferença, que acentua os direitos e não mais os deveres, se faz necessária para ressaltarmos a ideia de cidadania como um argumento de controle social. Ser cidadão não é somente gozar de direitos políticos. Passamos, então, a entender os termos educação e cidadania, num sentido político da educação, no qual formar o cidadão para a cidadania não é suficiente sem antes instituir o que seja essa cidadania e assumir a impossibilidade de muitos de exercê-la.
Cidadania necessita renascer, não como um conceito que é aprendido, nem é uma lição a ser ensinada. È uma postura que precisa ser estimulada. Postura essa que possa fazer nascer em cada um, o sentimento do que é viver em prol do bem-comum. O conceito se refere sim a direitos e deveres civis e políticos, mas não podemos nos esquecer de que é necessário que esses direitos sejam pensados por meio de valores éticos. É necessário entender cidadania com diversidade, justiça, dignidade.
Não é uma opção ser cidadão. É uma possibilidade que dependerá de acessos econômicos, culturais e sociais. É ter acesso à saúde, lazer, educação de qualidade.
A educação para a nova cidadania acontece por intermédio dos currículos oficiais e, para isso, é necessário que os currículos sejam revistos. Acontece também em todos os demais espaços escolares e tudo necessita de um olhar novo para que saiamos do quadro de fracasso da instituição escolar no qual, sabemos, o país está imerso.
É necessário ensinar às nossas crianças e jovens não apenas a ler e a escrever, mas a olhar o mundo a partir de novas perspectivas. Ensinar a ouvir, falar e escutar, a desenvolver atitudes de solidariedade, a aprender dizer não ao consumismo imposto pela mídia, a dizer não ao individualismo e sim à paz.
Acredito que educar para a nova cidadania é a utopia dos que tem na educação a sua trincheira, mas talvez isso só seja possível quando a utopia for assumida por todos e, assim, possamos fazer um projeto de escola que valorize a pessoa humana, a dignidade necessária para todos.
Para alcançarmos isso, não podemos ficar somente no ensinar para a cidadania. É preciso construir o espaço de se educar na cidadania. E nesse sentido, não é somente a preposição que muda. Muda a postura do professor que de cidadão que somente exige seus direitos passa a lembrar também dos seus deveres, formando assim, uma sociedade mais justa. Que saiba que ser cidadão é alcançar a dimensão política do homem, ser cidadão é condição fundamental para exercermos nossa humanidade. E isso não se alcança sem um posicionamento claro e atuante. Posicionamento que deve ser exposto tanto na sala de aula, como reflexo de um planejamento sério e comprometido, mas também nas conversas com os colegas durante os intervalos. É exigir nossos direitos e fazer com que aconteçam, com que se ampliem, e que isso possa ser pensado não a partir dos benefícios individuais, mas também no bem-comum de toda a comunidade.



Elaine Miranda da Silva P00444

Nenhum comentário:

Postar um comentário