domingo, 2 de maio de 2010

Formação Continuada



A formação continuada é concebida como um processo contínuo e permanente de desenvolvimento profissional do professor, a partir do pensamento de Freire, onde a formação inicial e continuada é concebida de forma interarticulada, em que a primeira corresponde ao período de aprendizado nas instituições formadoras e a segunda diz respeito à aprendizagem dos professores que estejam no exercício da profissão, mediante ações dentro e fora das escolas.
A idéia de formação permanente no pensamento de Freire é resultado do conceito da “condição de inacabamento do ser humano e consciência desse inacabamento”. Segundo Freire (2002), o homem é um ser inconcluso e deve ser consciente de sua inconclusão, através do movimento permanente de ser mais.

No entanto, percebemos que a formação inicial dos professores já não se faz
suficiente para os novos desafios da prática docente diária. Muitos que hoje ensinam, foram formados sob outra perspectiva, onde ensinar significava transmitir informações corretas, verdades prontas, facilitando a aprendizagem dos alunos. Esses, por sua vez, repetiriam o que lhes foi transmitido.

Porém o modelo de ensino que se busca hoje é outro; busca-se o educador que seja um mediador da aprendizagem, responsável pelo desenvolvimento da cidadania criando melhores condições para o aluno construir suas representações, seus significados e não repetir apenas o que foi transmitido. Para tanto, torna-se essencial o aperfeiçoamento, a capacitação, a reciclagem do educador com a formação continuada, porém, quando nos deparamos com educadores que enfrentam tripla jornada, isso se torna quase impossível.

Todavia, percebemos o quanto a responsabilidade da escola para com os educadores é preponderante. A instituição deve construir um processo organizado que possibilite aos educadores a participação em cursos, oficinas, palestras, eventos educacionais, assim como reservar um espaço e um horário específico para o estudo. Estarão desta forma promovendo contribuições para estratégias de formação continuada de professores, no desenvolvimento da cidadania desta categoria profissional.
Certamente, desenvolveríamos incentivos e ferramentas que faz com que o educador consiga de forma equilibrada e harmoniosa do ponto de vista intelectual, emocional, social, físico e moral a formação continuada.

Na verdade a formação continuada precisa ser vista como cultura que deve ser incentivada e impulsionada pela instituição e assumida pelos educadores para uma formação humanística que valorize a ética, a solidariedade, os direitos e deveres e o amor, conquistando por fim a cidadania dos profissionais da educação e de todos que por eles se eduquem. Para tal, os cursos precisam comtemplar além da formação objetiva relacionada à competência técnica, disciplinar, contemplar o auto-conhecimento, a autonomia, o compromisso político com a própria formação como uma questão de excercício de cidadania.

Adquirindo, contudo, competências importantes para um profissional competente e comprometido com a educação, tais como: o conhecimento, o tato pedagógico, a responsabilidade profissional e o compromisso social.
Concluo a nossa participação com um trecho de um artigo da revista aprendizagem de maio com o Antonio Nóvoa, Doutor e Mestre em Ciências da Educação; Graduado em Ciências da Educação e Reitor da universidade de Lisboa:

"Hoje, a realidade da escola obriga-nos a ir além da escola. Comunicar-se como o público tornou-se uma necessidade. De acordo com o Albert jacquard: "perguntamos muitas vezes o que pode a escola dar à sociedade? e se fizéssemos a pergunta ao contrário? como pode a sociedade ajudar a escola?" pessoalidade e profissionalidade. O professor é a pessoa. E uma parte importante da pessoa é o professor."
Grupo:
Claudia gomes Ribeiro
Denise Barbosa do Nascimento
Eliane Maria Guimarães Beltrão
Monica Corrêa Rodrigues
Vania Silva Castro

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