sexta-feira, 2 de julho de 2010

EDUCAÇÃO E CIDADANIA NO RIO DE JANEIRO

Educação é um processo de ensinar e aprender e visa a aquisição de conhecimentos, o desenvolvimento de habilidades e competências, formando assim, o indivíduo para o exercício da cidadania, promovendo também a humanização do homem através das mudanças de comportamentos e atitudes, habilitando-o como cidadão, sendo este instrumento poderoso para a promoção da igualdade e justiça social, pelo seu senso crítico. Este processo ocorre através da problematização que contextualiza as diferentes áreas do conhecimento com a realidade vivenciada pelo aluno, promovendo questionamentos, reflexões e trocas de experiências. Entendemos que a educação problematizadora se dá na educação através de exploração de temáticas que propiciem debates e discussões para resolver o problema e se chegar a um determinado fim. Segundo, FREIRE (1987, p. 50) “É na realidade mediatizadora, na consciência que dela tenhamos educador e povo, que iremos buscar o conteúdo programático da educação”.
Nesta metodologia problematizadora os alunos são envolvidos na solução de problemas, o que supõe a identificação das causas e elementos relacionados, as circunstâncias, a compreensão do problema, visando a proposta de soluções. Por isso, o currículo deve ser articulado de forma a valorizar o contexto sócio, político e cultural do espaço escolar de acordo com suas características e concepções pedagógicas.
O currículo constitui-se e concretiza-se também, mediante o tipo de aluno-cidadão que se formar, tendo a sua realidade local (regional) como estrutura, referenciando também a realidade global. Logo, o projeto político pedagógico, viabilizará a aproximação do mesmo as necessidades da escola. Os princípios de flexibilização curriculares junto ao projeto político pedagógico têm seu elo junto ao ensino, ao conhecimento e a interdisciplinaridade, no sentido de interagir os mesmos, valorizando ainda a diversidade que se apresentam na escola e na sociedade brasileira. Esta relação currículo, conteúdos e realidade exigem mudanças em sua estrutura para que as práticas pedagógicas estejam de acordo com as bases legais.
Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigidapelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela. (LDBN, Art. 26, 1996)
A escola como instância social e educativa promove uma educação multiculturalista, visto que ela abarca culturas distintas. Assim a escola adota uma postura acolhedora, mantendo a aceitação de todas estas em sua pauta, sem discriminação, com intuito de proporcionar a socialização e o acesso ao conhecimento, às novas descobertas e experiências a todos.
Entendemos por multiculturalismo o reconhecimento da existência de várias culturas num determinado lugar ou local, sem que uma destas predomine. Partindo desse pressuposto em todas as instâncias sociais, inclusive na instituição escolar, há diversas culturas vivendo entre si e a escola deve ser o principal instrumento para educação multicultural, ou seja, a educação que abraça todos os indivíduos não importando a sua origem cultural, através de um trabalho pedagógico onde englobe as diferenças e a interação com as mesmas. A idéia do multiculturalismo faz com que a própria escola se questione quanto ao seu papel na promoção da educação, como será a postura dos educadores em sala de aula, como o currículo abordará essa questão tão presente nos dias de hoje, porém para que a educação seja de fato multicultural e por fim democrática, demandará mudanças nos educadores, nos paradigmas e nos saberes valorizados socialmente.
Diante dessa possibilidade se faz necessário operacionalizar uma cultura pedagógica que ofereça oportunidades de atendimento adequado a todos e para todos trabalhando o ensino-aprendizagem a partir de todos os aspectos culturais. Conforme, a LDBN “O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e européia”. (Art. 26 § 4°, 1996)
Devemos observar que o Brasil, é um país multi-étnico e pluricultural, portanto, todos devem ser incluídos, e ter garantido o direito de aprender e de desenvolver conhecimentos, sem precisar negar a sua identidade, nem a sua ascendência étnico/racial.
É de suma importância que a escola tenha uma visão ampla daquilo que se entende por multiculturalismo/etnicidade, para que não ocorra fragmentação dos conteúdos culturais afro brasileiros, baseando-se nos critérios de valor histórico juntamente as influências do continente africano.
Acreditamos que a educação crítica é aquela que sempre articula os saberes da comunidade escolar com os saberes de cada pessoa presente no espaço escolar, a fim de não ceder aos problemas que intimidam as ações que buscam construir as discussões em torno da questão e de visualizar a identidades próprias de forma positiva.

Alunos: Beatriz Silva Santos, Hércia das Mercês Bezerra da Silva, Renata da Silva Cota, Bianca Mara Cruz Pacheco e Washington Luiz Ribeiro da Silva.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

FREIRE, P Pedagogia do Oprimido. 17º ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra S/A, 1987.

http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf Acesso em: 22 jun. de 2010.

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